terça-feira, 12 de agosto de 2008

Apresentação

Antes de tudo... vamos à apresentação.
Em 94 concluí o curso técnico em mecânica de precisão, pelo SENAI. Foram 4 anos estudando manhã e tarde. Foi uma grande escola, além das aulas tínhamos que manter nossa sala limpa, ou seja, varrer e organizar todos os dias, para que estivesse em ordem no dia seguinte. Depois disso veio a experiência profissional, projetos, métodos e processos, cronomentragens, cronoanálises e por aí vai, até que decidi fazer outro curso técnico – por hobbie ! - no SENAI novamente: Técnico em Informática Industrial, apesar de achar o nome não muito apropriado (alguém saberia dizer o que é a informática industrial ? Bem resumidamente: estuda eletrônica, informática e automação industrial). Foi justamente esse curso que me impulsionou até a posição que me encontro hoje. Formei-me em 98. Nessa época meu inglês só não era fluente por não utilizá-lo para conversar, mas já realizava a tradução de alguns manuais da área da instrumentação, como medidores de nível por ultra-som, radar, registradores de carta digitais, e outros brinquedos muito legais na empresa onde realizei o estágio profissional: Próthon Eletrônica. Eis que surge uma vaga para trabalhar na Philip Morris (1999), em Santa Cruz do Sul. Foram 3 anos muito bem aproveitados, aprendi muito sobre automação, com processos críticos e equipamentos sempre de primeira linha como os CLPs da Allen Bradley, Siemens, sistemas supervisórios com controles de processos e muito treinamento. Neste ano ingressei em Ciência da Computação na UNISC.
...porque será que as grandes empresas investem tanto em treinamento e tem muito rendimento enquanto as pequenas insistem na idéia de que não adianta investir se o funcionário vai embora e leva todo o investimento?
... sim, e continuam com um resultado pra lá de mediano.

Um mês após ter entrado na PMB (Philip Morris Brasil) fui para os Estados Unidos para participar de um treinamento específico em perfuração a laser – foi uma experiência e tanto.
Passados 2 anos já sentia que não havia mais desafios a serem vencidos, comuniquei a supervisão e consegui ser deslocados para outros setores, mas o trabalho continuava o mesmo, no ano seguinte pedi para sair. Seis meses depois entrei para a Interative Tecnologia, empresa que atuava na área de tecnologia em segurança. Comecei lendo muito (como sempre) até entender como as coisas funcionam, executei os serviços dos mais operacionais até a gestão de projetos, passando por vezes como analista comercial, consultor – acho que isso é normal em organizações pequenas. Foram 6 anos com ótimos desafios, grandes amizades e onde realmente pude implementar todo o conhecimento que havia adquirido até então em ambientes diferente das industrias, locais normalmente desprovidos de mão de obra treinadas e qualificadas (lembram do que disse: só as industrias treinam bastante). A Interative é uma integradora de soluções, trabalhávamos muito próximo aos nossos parceiros - eles forneciam a tecnologia e nós as aplicações - e como gosto de saber tudo sobre os equipamentos e ferramentas que utilizo acabava dissecando quase tudo que encontrava pela frente... ou quase tudo.
Passamos de sistemas Cliente/Servidor para WEB, de DVR com placas de captura e micros montados a Câmeras IP com PoE, Servidores Dell, Storage, sempre de olho nas novas tendências e no controle de acesso estávamos desenvolvendo comunicação por GPRS, WiFi, IP com PoE, fontes monitoradas via IP, equipamentos para monitoramento de CPDs e a família de produtos não parava de crescer... aliás: não pára !
Gosto muito da idéia de ser o melhor possível nas coisas que faço. Minha maior satisfação é o reconhecimento da obra.

A partir de uma necessidade da Interative nasceu a Commbox, nova parceira no desenvolvimento de hardwares para controle de acesso e automação. Participei do desenvolvimento dos primeiros produtos, do protocolo de comunicação, justificando o tipo de sinal de entrada dos sensores, quantidade de entradas e saídas, desenvolvimento dos firmwares, trazendo a experiência de campo para desenhar o comportamento dos equipamentos mediantes os eventos que eram percebidos por sensores e leitores de proximidade, biométricos e afins.
Até que senti necessidade de mais crescimento – ou seja: mais desafios.
Em março de 2008 fui para a Task Sistemas – infelizmente uma concorrente da Interative, preferiria que não fosse, mas fazer o quê? - mais precisamente a unidade do RS. Dessa vez recebi um desafio realmente novo: Coordenador de Desenvolvimento e Apoio Técnico. O grande lance é que a palavra Desenvolvimento não está ligada a hardwares ou softwares e sim a PESSOAS !
O que está me ajudando neste processo é o fato de ter acompanhado desde muito cedo, os 33 anos de trabalho do meu pai em sua lancheria no Colégio Farroupilha (em Porto Alegre/RS) e às informações na cozinha de casa, ouvindo a mãe que é psico-pedagoga, falando das teorias do construtivismo, métodos de ensino...
Ainda estou desenvolvendo este trabalho, o fato é que por uma necessidade da empresa acabei assumindo a conclusão de alguns projetos e espero, em breve, retornar a função inicial de desenvolvimento do pessoal, atualmente com foco no comercial e área técnica.
Além destes conhecimentos também atuo na marcenaria, um hobbie que meu pai tem desde que me conheço por gente – Por exemplo: o apartamento onde moro atualmente passou por uma boa reforma, começamos desenhando-o em CAD, depois fazendo o projeto da reforma, análise da movimentação para poder distribuir os móveis da melhor forma possível, passando então a execução. Tirando a parte civil da reforma, apenas a cama, sofá, cadeira do computador e da mesa de janta é que foi comprado, o restante dos móveis foram TODOS feitos por mim, com alguma ajuda do velho e da patroa é claro. Na reforma também refiz todo o quadro elétrico também, realizando os cálculos de distribuição de carga por disjuntor e troca – sim puxei absolutamente todos os fios – das tomadas e fiação deste. Todos os móveis foram meticulosamente projetados para termos o melhor aproveitamento possível de nossos poucos metros quadrados... e coube muita por aqui.
Atualmente estou em vias de concluir o curso de Sistemas de Informação na PUCRS, acredito que em 2009/2 realizarei este feito, 10 anos desde o início até a conclusão, com algumas paradas devido ao excesso de viagens, mas ok, não me queixo disto, aliás, este fato tem me propiciado a aplicação do que é visto em aula ao trabalho, o resultado é excelente.
Bom, acho que para uma apresentação este texto está bem longo, então, vou ficando por aqui. Um abraço e até o próximo post.